Dia do Folclore Nacional

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Todos nós, principalmente quando crianças, já deve ter ouvido falar de algumas lendas um tanto assustadoras. A lenda da mula sem cabeça e a do lobisomem, certamente, estão entre as mais famosas em meio a tantas que são contadas de geração para geração. Para não deixar nenhuma dúvida, vale trazê-las aqui.

Segundo o que contam, a mula sem cabeça trata-se de uma mula com pelos pretos ou marrons que, em vez de cabeça, possui uma tocha de fogo. Há relatos de que a mula é, na verdade, uma mulher que teria sido amaldiçoada, se transformando em tal criatura. Ainda de acordo com a lenda, a mula sem cabeça, normalmente, habita as florestas e possui ferraduras feitas de prata e ouro. Sem contar que o seu relincho é tão alto que pode ser ouvido a grandes distâncias.

Já a lenda do lobisomem fala de uma criatura que, no período diurno, é idêntico a um homem, mas que a noite, especificamente em noites de lua cheia, se torna um lobo. A lenda conta que, após a transformação, o lobisomem procura pessoas e, quando as capturam, bebe o seu sangue para se alimentar. É dito ainda que possui enormes garras, sendo uma criatura grande e com uma força que torna extremamente difícil abatê-lo.

Se você ficou assustado, fique tranquilo! Ambas as histórias se trata de mitos, ou seja, não são reais. Além do mais, a nossa cultura é recheada de outros elementos, tais como músicas, danças, costumes, comidas, personagens, brincadeiras etc. Tudo isso compõe o folclore nacional, que é a espinha dorsal da cultura popular brasileira. Ademais, o folclore é um importante componente para formação da identidade de um povo. Seus elementos são transmitidos de uma geração para outra, motivo pelo qual eles permanecem vivos até os dias de hoje.

Origem do folclore

Inicialmente, o folclore era tido como uma área do conhecimento. Ele surgiu e começou a ser estudado como tal no século XVIII. A partir do século XIX, o folclore passou a ser analisado por estudiosos, sobretudo, pelos irmãos Grimm e por Johann Gottfried von Herder, todos nascidos na Alemanha. Para que as pesquisas sobre esse assunto pudessem ser aprofundadas, foi criado, no ano de 1878, a Folklore Society, isto é, a Sociedade do Folclore (em português). Com isso, as análises acerca desta área floresceram. A repercussão dos estudos promovidos por essa sociedade foi tanta que diversos outros países começaram a pesquisar sobre o folclore, tais como os Estados Unidos e países do continente europeu. Também é válido pontuar que a Folklore Society chegou a organizar o folclore em quatro campos de estudo. São eles: crenças e superstições, costumes tradicionais, linguagem popular e narrativas tradicionais.

Folclore no Brasil

Conforme os estudos sobre o folclore foram se espalhando pelo mundo, o Brasil começou a ter interessados em explorar essa temática, entre eles Florestan Fernandes e Mário de Andrade. Em 1947, o folclorista Renato Almeida fundou a Comissão Nacional de Folclore (CNFL), comitê que teria como propósito o estudo do folclore brasileiro. A comissão foi criada em decorrência de uma recomendação feita pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (UNESCO). Na ocasião, a UNESCO havia aconselhado que o folclore nacional fosse estudado. Vale destacar, inclusive, que a CNFL existe até hoje, estando a sua sede localizada no Palácio Itamaraty, Rio de Janeiro.

Finalmente, no ano de 1951, o Brasil viu acontecer o I Congresso Brasileiro de Folclore. O evento foi organizado na cidade do Rio de Janeiro e ocorreu em agosto daquele ano. No entanto, foi só mais tarde, em 1965, que o então presidente Castello Branco instituiu o Dia do Folclore no país. A data foi estabelecida via decreto de nº 56.747 e é celebrada todos os anos em 22 de agosto.

Por que 22 de agosto?

Pelo que consta no decreto, decidiu-se destinar o dia 22 de agosto  para a comemoração do Dia do Folclore, pois foi nesta data (22 de agosto) que a palavra “folk-lore” foi lançada. O termo foi criado pelo escritor William John Thoms e dispõe de dois significados: povo, referente a “folk”, e saber, relativo a “lore”. Assim, o conceito da expressão “folk-lore” é, em suma, saber popular.

Falta de valorização

Apesar do Brasil ter um dia reservado para exaltar o seu folclore, infelizmente, esse importante alicerce da cultura brasileira não tem o reconhecimento que merece. Tal questão pode ser percebida se nos atentarmos para o fato de que, antigamente, os contos folclóricos eram mais propagados e abordados pela sociedade. Além disso, não podemos esquecer que não há outra forma das histórias tradicionais do folclore permanecerem vivas sem ser através do ato verbal do falar e contar.

Outro ponto curioso para refletirmos diz respeito ao estranho hábito que temos de, às vezes, valorizar mais os elementos e produções culturais de outros países do que os nossos. Um exemplo disso remete ao Halloween, evento muito comemorado aqui no Brasil e que chega até a ser mais lembrado pelos brasileiros do que o próprio Dia do Folclore Nacional.

Dia do Folclore Nacional na TV Corporativa

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